Filipe Nyusi quer controlo cerrado nas fronteiras
O Presidente da República exige maior controlo nas fronteiras nacionais, para evitar a proliferação de armas e drogas no país.
Na Província de Maputo, onde fica localizada a maior fronteira terrestre do país, Filipe Nyusi orientou a sessão extraordinária que juntou o Conselho Executivo Provincial e o Conselho de Representação do Estado. Na ocasião, o Presidente da República exigiu controlo cerrado nas portas de entrada e saída do país e, particularmente, da Província de Maputo, que faz fronteiras com eSwatini e África do Sul.
“Temos que controlar porque, pelas vossas fronteiras, entram muitas coisas, nos sentidos diversos; nós temos armas capturadas aqui a circularem de um lado para o outro. Temos drogas apreendidas e algumas informações são até divulgadas nos órgãos de comunicação social, então precisam de continuarem vigilantes”, apelou Filipe Nyusi.
Para os sectores da educação, protecção social e a área económica, o Chefe de Estado também deixou recomendações, tendo exigido mais trabalho.
O sector agrário também mereceu atenção do Presidente da República que exigiu o aumento da produção e da produtividade como solução também para resolver alguns problemas da saúde e da educação.
Face à proliferação de igrejas, o Chefe do Estado exigiu ainda maior articulação com a província. “As novas igrejas que surgem devem fazer educação moral e cívica das crianças, não proíbam a criança de ir à escola, não proíbam a criança de ir ao hospital, não proíbam o Governo de vacinar; não digam que estão a curar doenças que, até agora, não têm medicação ou não têm cura.”
Por seu turno, o Conselho Executivo Provincial e o de Representação do Estado, na Província de Maputo, apresentaram o seu desempenho dos últimos 18 meses.
“Estamos a construir seis sistemas de abastecimento de água que vão contribuir para elevação da taxa de cobertura de água de 60,2% para 63%, beneficiando mais de 41 mil pessoas.”
Neste encontro, o Presidente da República condenou a prática de justiça pelas próprias mãos, referindo-se ao caso de Maluana, no distrito da Manhiça, onde populares enterraram sete pessoas vivas, incluindo agentes da Polícia e um militar.