Presidente da República defende resolução de problemas africanos pelos africanos
O Presidente da República defende a estratégia de combate ao terrorismo em Cabo Delgado, como exemplo de sucesso na resolução de problemas em África pelos próprios Africanos.
Filipe Nyusi recordou que os apoios do Ruanda e da SAMIM no contexto de Cabo Delgado, tem permitido alcançar sucessos no combate ao extremismo violento naquela região do País, prevalecendo, neste momento, o desafio da reconstrução da provincial e coesão social.
Filipe Nyusi fala esta quarta-feira, em Nova Iorque, ou no primeiro dia do debate da septuagésima oitava sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
O estadista moçambicano, apresentou uma preocupação em relação a sustentabilidade destes intervenientes.
Segundo Nyusi, esta é a experiência pioneira de combinação de intervenção bilateral e multilateral. Contudo, a questão que se coloca é a necessidade de apoio substancial a esses países que, de forma directa e interventiva, combatem connosco o terrorismo em Moçambique, de modo a tornar sustentáveis as operações ainda em curso.
O discurso de Filipe Nyusi, lido no congresso mundial das nações, contemplava temas como mudanças climáticas, objectivos de desenvolvimento sustentável, transição energética, economia azul e preservação ambiental.
No domínio das mudanças climáticas, Nyusi criticou, os mecanismos de apoio financeiro, para a resposta aos efeitos provocados pelos fenómenos naturais.
“Os apoios dos parceiros têm sido muito abaixo das promessas e das necessidades. Em muitos casos, quando esses apoios surgem, os parceiros preferem gerir os fundos fora dos mecanismos acordados com o governo, ocasionando a sobreposição em zonas ou em programas de pouco impacto para as comunidades”- disse o presidente Nyusi.
Segundo o Chefe do Estado moçambicano, como consequência, parte dos fundos é gasta em capacitações e/ou conferencias, questões burocráticas, do que propriamente no apoio directo às populações afectadas, o que mais uma vez denota a falta de confiança e solidariedade.
O Presidente da República disse que Moçambique é um país com uma legislação ambiental robusta, que incorpora as principais convenções internacionais, incluindo o acordo de Paris, a Convenção sobre a Protecção de Espécies em risco de extinção, entre outras.
À margem da Septuagésima oitava sessão da Assembleia Geral da ONU, o presidente da República participou num fórum de negócios, que contou com a participação do Presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, e do primeiro-ministro do Lesoto, Sam Matekane. (RM)