PAR afasta possibilidade de ligação do Islão ao Terrorismo

A Presidente da Assembleia da República de Moçambique (AR) Esperança Bias, afastou a possibilidade de haver uma relação entre o Islão e os ataques terroristas que tem assolado alguns distritos da província de Cabo Delgado no norte de Moçambique.

A PAR fez este pronunciamento durante a 17ª da Conferência Anual da União Parlamentar dos Estados da Organização Islâmica, havida, de 29 a 30 de Janeiro último, na capital argelina, Argel, tendo sublinhado que “é preocupante que algumas correntes interpretem o problema como tendo origem no islamismo”.

“Não julgamos ser correcto, pois, a religião muçulmana não promove e nem defende a violência, antes pelo contrário difunde mensagens de paz, tolerância e de exaltação de valores morais”, disse a PAR ajuntando que o recrudescimento do terrorismo põe em causa a segurança e tranquilidade nacional e internacional.

Neste contexto, a PAR agradeceu e apelou a solidariedade internacional para o contínuo apoio multiforme às populações deslocadas em Cabo Delgado.

Explicou que as acções terroristas em Moçambique, tiveram seu inico 2017 em algumas zonas de Cabo Delgado tendo provocado a deslocação de centenas de milhares de pessoas, incluindo crianças e idosos, que passaram a depender da assistência humanitária, principalmente porque se trata de comunidades que viviam de agricultura e pesca.

Ainda assim, segundo a PAR, há um sentimento de esperança que existe no seio do povo moçambicano, fruto dos últimos desenvolvimentos onde as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDS) apoiadas por contingentes militares da SADC e do Ruanda, tem estado a lograr avanços significativos no combate ao terrorismo, repondo a normalidade e permitindo o regresso paulatino da população às suas zonas de origem.

A 17ª sessão terminou segunda-feira (30) e no evento, Moçambique esteve representado pelo Grupo Nacional junto da União Parlamentar da Cooperação Islâmica e debruçou-se sobre diversos assuntos de índole político, relações externas, económicos e ambiente, direitos humanos, mulher e família, culturais, legais e diálogo de civilização e religiões, entre outros.

O Grupo Nacional junto deste órgão de cooperação islâmica é chefiado pelo segundo vice-presidente do parlamento moçambicano, Saíde Fidel, e integra os deputados Faruk Osman e Almina Mauride.

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