Presidente da República promete responsabilização dos instrutores de Matalana
O Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança garantiu responsabilização aos responsáveis pelo “escândalo de Matalana”, que envolve 15 candidatas à polícia que engravidaram de seus instrutores durante a formação na Escola Prática da PRM em Matalana, província de Maputo.
Filipe Nyusi disse que está perante um caso sério e garantiu que o mesmo está a ser estudado ao detalhe no Ministério do Interior e no Comando-Geral da PRM.
“O Estado não deve tolerar situações como estas, a lei deve ser cumprida e é igual para todos nós, ninguém está acima da lei”, afirmou o Chefe de Estado.
Para mostrar que o Governo não está alheio ao assunto e a todo o repúdio ensurdecer, desde que o suposto abuso foi despoletado, o Presidente da República, explicou o está a ser feito para o devido esclarecimento.
Nyusi disse que, ao contrário do que tem sido propalado, o Executivo tomou a iniciativa de investigar o problema, antes de ser público, tendo descoberto que das 15 instruendas, uma chegou à Escola Prática da PRM em Matalana já grávida.
“Quatro instruendas contraíram a gravidez na escola e há investigações para ver se foi com instrutores ou colegas. As outras 10 foram parceiros estranhos à comunidades escolar”, afirmou o Chefe de Estado, ajuntando que o período de gestação das gestantes varia de um e seis meses.
As gestantes com três meses de gravidez abriram as fichas pré-natais com o acompanhamento da Escola Prática da PRM em Matalana, disse o Presidente da República.
Num outro desenvolvimento, Nyusi pediu o apoio da família das instruendas e da Escola Prática da PRM em Matalana para esclarecer o caso.
Contudo, o Chefe de Estado reconheceu que o problema que deixou diferentes segmentos da sociedade com os cabelos em pé trás à tona, por um lado, uma questão relacionada com o apuramento dos candidatos para os cursos de Matalana.
Por outro, despoleta igualmente a credibilidade dos testes realizados por via da Polícia para aferir a condição dos instruendos para ingresso na Polícia. Assim, Nyusi condenou a violação das normas disciplinares e apelou à sociedade para criar menos pânico e focar-se na solução do problema.
O Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança lamentou ainda o facto de este não ser apenas um caso de Matalana, mas também um “problema real que afecta toda a sociedade”.
Maputo 19/08/2020